ABA 38 ANOS

 

“Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.”
 Carlos Drummond de Andrade

Essa afirmação nos convida a reconhecer a complexidade e a riqueza da essência humana. Cada ser é único, complexo e misterioso com suas peculiaridades e singularidades. Característica que vai além das diversidades físicas, tange a diversidade de pensamentos, sentimentos, experiências e trajetórias.  
Cada indivíduo é sensível à sua própria história. Essa condição, ao mesmo tempo solitária e plural, é o ponto de partida desta exposição coletiva, reunindo artistas que transformam sua individualidade em imagem, cor e sensibilidade.
Com pinturas fluidas, espontâneas e delicadas, os artistas projetam suas memórias, paisagens internas, inquietações e encantamentos. A transparência das cores carrega também a transparência de quem as conduz: cada obra é vestígio de um olhar e de uma poética visual que emergem de vivências únicas, de contextos sociais, afetivos e simbólicos distintos
Ao percorrer esta exposição, o visitante é convidado a encontrar-se com o outro – e, talvez, consigo nos silêncios entre os traços, nas sutilezas das cores, nos gestos de cada pincelada. Uma experiência que não busca uniformidade, mas sim o encantamento da diferença e celebra a multiplicidade da criação.
Não há repetições. Há ecos. Há vozes distintas. Há olhares que se desviam, que se aprofundam, que revelam o que a linguagem verbal não alcança.
Aqui, o que une os artistas é a escolha de compartilhar o que os torna, cada um a seu modo, estranhos e ímpares.
Priscila Mainieri

 

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